terça-feira, 13 de setembro de 2011

Homem e natureza: sociedade, economia e desenvolvimento sustentável.

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A relação do homem com a natureza sempre foi tema para discussões polêmicas. Isso acontece porque o homem, movido pelo sistema econômico baseado no capital, estabelece com a natureza uma relação desarmoniosa. Uma das soluções para remodelar a relação do homem com o meio natural, tornando-a positiva, está no desenvolvimento sustentável.

A economia predominante, que se baseia no retorno financeiro, trata a natureza e seus recursos como ilimitados, mas todos sabem que tais recursos são limitados e se não forem repostos, poderão chegar à escassez. Entender isso é difícil pelo fato de que estes conceitos de exploração estão fortemente intrínsecos no conceito de crescimento econômico baseado no consumo.

O homem faz parte de algo grandioso que é a natureza, mas ele tem esse seu ambiente como uma propriedade, esquecendo que todas as suas ações tem impacto sobre este meio ambiente e que a preservação dele é fundamental para a sua sobrevivência. Todo esse esquecimento é observado quando o ser humano coloca as atividades agropecuárias, extrativistas minerais, a exploração de madeira, entre outras, acima das ações de conservação que estão baseadas no não desmatamento e no cuidado de não se contaminar o solo, rios e outros com mercúrio e outros componentes químicos oriundos da destruição do meio natural.

Observando essas controvérsias que existem do homem para com a natureza, existe aí uma relação contrária entre seres humanos e a natureza, diante disso é preciso remodelar esse relacionamento, colocando como uma relação de troca e cuidado e não de dominância e exploração. Dessa forma a relação “homem x natureza” deixa de existir e se transforma numa relação nomeada como “homem e natureza”, restabelecendo um pacto que possa equilibrar a destruição e a construção numa relação mútua e solidária entre o meio ambiente e seus habitantes pensantes, homens e mulheres. Contudo é necessária uma intervenção social e cultural no sentido de conscientização das pessoas no que diz respeito a conservação ambiental; política com o objetivo de elaborar planos e projetos que sejam claros quanto aos modos de exploração, ou melhor, utilização dos recursos naturais e por fim econômica que consiga conciliar as necessidades humanas com o cuidado ao meio natural.


Tudo isso só será possível se na construção dessas intervenções houver um ponto de referência denominado de desenvolvimento sustentável, que é a possibilidade de se obter crescimento e desenvolvimento econômico garantindo os recursos naturais para próximas gerações por meio da preservação, do cuidado e da conservação da natureza.




quarta-feira, 13 de julho de 2011

Metáfora






Platão, em um dos seus pensamentos e discursos, deixava claro não acreditar na democracia. Ele dizia que ela não nos dava o melhor governo e apenas nos oferecia aquele que aparentasse ser melhor pelo fato de obter uma retórica capaz de ludibriar os povos.


Sem dúvida, Platão foi criticado e essa crítica acentua-se ainda mais nos dias atuais. Não queria este recém-nascido blogueiro, em uma das sua primeiras postagens, expor a sua indignação diante dos fatos que envolvem a política. Mas o silêncio dos bons é que leva o mundo ao caos. E esta indignação nasce por conta do coronelismo que impera nas cidades pequenas deste imenso Brasil.


Homens dotados de discursos e carisma encantadores, mas sem nenhum conhecimento político, assumem o poder e utilizam dele para aumentar o seu ego e vaidade. Humilham as pessoas como se estas fossem escravos. Não pagam salários aos trabalhadores, compram a imprensa falada e escrita e agem como verdadeiros ditadores. Além disso, tais governantes fazem uma cerca entre si, modeladas de subalternos que sugam a máquina pública com altos salários e jogam ao chão qualquer um que se levante contra seu “sinhozinho”.


O poder legislativo pouco se importa com os acontecimentos, barganham os empregos de seus familiares e algumas outras vantagens em troca da taciturnidade. Tentam em seu discurso responsabilizar o povo pelas mazelas que afligem a comunidade.


Alguns bons até se levantam e com a esperança que existe em seu coração, saem à luta, mas, muitas vezes, são golpeados pela tirania e pelo medo dos outros bons, covardias estas, que configuram um novo AI-5.


Sem instrumentos para se defender, a sociedade vive a fome, a miséria, a insegurança etc., e volta a lembrar do passado sombrio que assolou suas famílias.


Contudo, o nosso país saiu de uma ditadura, mas sem saber exatamente onde queria chegar, chegou à democracia, mas ainda não encontrou a sua essência.





segunda-feira, 11 de julho de 2011

O que é política? ( Uma possibilidade dentre muitas)

Desde a época de Platão e sua obra a República, muitos pensadores procuram entender a natureza humana, quando esta convive em ambiente coletivo e provocam disputas pelo poder pra alcançar os objetivos que estabelecem para si. Mas definir a política apenas por uma ótica normativa pode levar qualquer um ao erro, visto que ela é elaborada a partir das relações coletivas que se desenvolveram historicamente. Por isso, uma retrospectiva histórico-social é o que pode elaborar o conceito do que é política. Para tal, observa-se uma citação de Platão para que se possa iniciar uma discussão sobre a política:“ Outrora na minha juventude experimentei o que tantos jovens experimentaram. Tinha o projeto de, no dia em que pudesse dispor de mim próprio, imediatamente intervir na política.” Partindo desse aspecto Platão expressa a relação que tinha com a política e daí revela uma condição comum aos gregos de sua época que obtinham tal condicionamento por meio da vinculação que estabeleciam com as situações vivenciadas dentro da polis.
Para entender o que é política, importante é trazer as idéias de alguns pensadores, sejam eles passados ou contemporâneos.



Aristóteles, com a obra A Política, tratou sobre a natureza, funções e divisões do Estado e suas diferentes formas de governar. Dessa forma a palavra política sempre designará as atividades que se referem ao Estado.
Para Norberto Bobbio, o sentido da palavra "política" na sua origem clássica se deriva, da palavra grega polis (politikós), ou seja, tudo o que se refere à cidade, a tudo, o que é urbano, civil e público. Já na visão de Hobbes, a política está diretamente ligada a obtenção de vantagem, concepção essa que pode soar como extremamente radical. Mas daí, muitos conceitos se ramificam e definem a política como uma forma de poder do homem sobre outro homem. Partindo desse ponto uma definição da política como poder nasce: a necessidade de se organizar o poder. Isso se dá, pois a idéia de poder parte da idéia de se obter direito, esse pensamento é inerente a todos os seres humanos e está ligado as condições emocionais, logo é importante a organização dele seja por liderança, formas de governo ou instituição.


Weber em uma de suas idéias traz a política comparada as iniciativas econômicas, dizendo que ela pode ser uma ocupação subsidiária ou uma vocação. Com isso existem dois tipos de pessoas: as que vivem para a política e fazem dela a sua vida de forma subjetiva e as que vivem da política, essas usam a política como fonte de renda.


Observando algumas posições sobre o que é a política, é difícil dar a ela apenas uma definição, isso porque ela parte das relações humanas envolvendo desejos e emoções inseridos em todos. Mas importante é deixar claro que apesar de ser extensa a política pode ser entendida como a organização das relações humanas que parte do campos das idéias e se transformam em ações ramificadas.

domingo, 10 de julho de 2011

"Escrever é estar no extremo de si mesmo”.

Na singela e poderosa frase de João Cabral de Melo Neto que intitula esta postagem, está a justificativa para o nascimento do Blog Baú do Tude. O iniciante blogueiro que vos escreve sempre teve a vontade de se expressar por meio da escrita, mas pelo fato de não conseguir ser imparcial e por conta disso ser agressivo, decidiu manter no anonimato as suas idéias (ele ainda sofre com os resquícios da norma padrão da Língua Portuguesa anterior). Elas eram apenas apresentadas a poucas pessoas ou então apareciam de forma sutil em comentários de outros blogs. Com isso, perpetuava na mente do iniciante blogueiro que ele não conseguiria compartilhar seus pensamentos e opiniões com outras pessoas. Porém, a vontade de por a escrita em prática não passava.

Certo dia, em uma discussão com uma das suas melhores amigas, menina esta inteligente e parceira do blog, o principiante blogueiro foi estimulado por ela a postar na rede mundial de computadores (internet ou para “net” [para os íntimos]) suas produções acadêmicas elaboradas durante os “trocentos” cursos que ele passou (e não concluiu). A partir daí, o sol passou a iluminar os teclados do computador (PC) do recém-nascido blogueiro e revitalizar seus dedos para uma jornada que tem como objetivo interagir com os futuros leitores do “Baú (da “academicidade”). Partindo destes pontos, o Baú do Tude irá mais longe, comentará notícias, frases, situações diárias etc. Ele passeará por diversos vales, sendo que, frequentemente, apresentará produções da Academia.

O espelho deste trabalho está em um dos maiores ícones do jornalismo deste país, Paulo Henrique Amorim, que tem me ensinado através do seu blog Conversa Afiada o quanto devemos ser verdadeiros com as nossas idéias e opiniões. Além disso, outros blogs também são importantes e estão com frequência sob o alvo da minha leitura, são eles: o Pimenta na Muqueca, Orgulho Barrochense etc.

Por fim do início, o desejo de quem vos escreve é ser extremo de si mesmos, ou seja, romper a barreira que se opõe a sua expressão e que a partir de agora começa a alcançar novos horizontes, novas mentes, novas leituras e, dessa forma, passa a se transformar por meio das concordâncias, “disconcordâncias”, sugestões e consensos.